Hoje descobri porque tenho me punido tanto. A punição é porque eu me matei.
Tinha a vida mais perfeita, segundos antes de cruzar aquela porta e entrar naquele avião. Mas eu escolhi, embora pense que em momentos posteriores fui compelido a escolher por minha viagem de estudos. De qualquer forma não fui um visionário e não dei importância ao conhecimento do mundo que já está dito. Tive a mínima sensibilidade de entender a canção das simples coisas e saber que a vida não cessa e que, quando a gente volta, as coisas simples como o amor podem ter sido devoradas pelo tempo.
Andei tanto pelo mundo a busca de um amor e agora que o encontrei, insensivelmente, recolhi minhas coisas e parti para a ausência de alguns meses.
Sem esse amor eu não sei o que sou, sem esse amor eu me matei. Estou morto, desanimado. Estar sem ânimo é ser apenas um corpo, um corpo que não come e nem sente necessidades.
Por que foi que eu perdi o meu vigor? Não precisava estar aqui. Poderia continuar modificando a vida do meu amor, poderia deixar que meu amor modificasse ainda mais o meu viver. É como se o nosso cordão houvesse rompido e nosso pacto não tivesse mais sentido.
Sou o responsável pela minha morte, pela minha mais recente morte.
http://www.youtube.com/watch?v=0cY5oZsxT7U
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terça-feira, 29 de dezembro de 2009
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Por que tens nome tu...
Por que tens nome tu...
Por que tens nome tu,
dia, quarta-feira?
Por que tens nome tu,
tempo, outono?
Alegria, pena, sempre
por que tens nome: amor?
Se tu não tivesses nome,
eu não saberia o que era
nem como, nem quando. Nada.
Sabe o mar como se chama,
que é o mar? Sabem os ventos
seus sobrenomes, do Sul
e do Norte, além
do puro sopro que são?
Se tu não tivesses nome,
tudo seria primeiro,
inicial, tudo inventado
por mim,
intacto até o beijo meu.
Gozo, amor: delícia lenta
de gozar, de amar, sem nome.
Nome: que punhal cravado
em meio de um peito cândido
que seria nosso sempres
e não fosse por seu nome!
Por que tens nome tu,
dia, quarta-feira?
Por que tens nome tu,
tempo, outono?
Alegria, pena, sempre
por que tens nome: amor?
Se tu não tivesses nome,
eu não saberia o que era
nem como, nem quando. Nada.
Sabe o mar como se chama,
que é o mar? Sabem os ventos
seus sobrenomes, do Sul
e do Norte, além
do puro sopro que são?
Se tu não tivesses nome,
tudo seria primeiro,
inicial, tudo inventado
por mim,
intacto até o beijo meu.
Gozo, amor: delícia lenta
de gozar, de amar, sem nome.
Nome: que punhal cravado
em meio de um peito cândido
que seria nosso sempres
e não fosse por seu nome!
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