quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Asi nomás

E enquanto eu bebo
imagino poesia com sua imagem
Reconheço seu rosto em cada rosto novo.

Os olhos repuxados, pequenos
excesso de pálpebra.

Depois uma barba meio espessa
maxilar projetado

Um parrudo infantil
uma contradição pueril

Então imagino um par de nádegas
somente revelados na intimidade
Desgastado pelo cotidiano.

Meio caídos
meio duros
típico da raça branca jovem

No fim
a noite acaba
e o re-conhecimento também,
Eis um estado de recordação
Eis um coração fragilizado
Impossibilitado de recomeçar.

É, pois então, que
o dúbio plano de fundo
antecipa a realidade:

Fui vencida pelo fetiche da masculinidade.

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