quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Nada




Assim como na balada
entoada por repetidas noites:
Eu não tenho nada.
Sou eu que não tenho 
Nada, nada, nada.



Você tem algo...
talvez não seja tudo
mas é uma parte

Eu, contrariamente,
Não tenho nada.
Sou eu que não tenho
Nada, nada, nada.

Talvez você não tenha
a memória daquele entusiasmo.
Talvez foi melhor esquecer
Para renovar

Em vez de nada,
tenho a memória
que você anda fazendo questão
de esquecer.

A renovação te deu
uma parte.
Não renovei,
tenho nada.
Continuo não tendo nada
Nada, nada, nada.

Um nada tão vazio.
Um vazio tão com cara de nada.
Lembranças vazias,
cheia de um nada doloroso.

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