quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Buscando motivos

Uma vez um garoto, cansado que estava, sentou num desses morro com gramado viçoso. Queria num fazer nada, só tirar o sapato, sentar um poco, sei la, era só sentar mesmo , sem motivo. Na verdade, esse era um habito do garoto. Quando a vida pesava, ele ia pr’aí, assubiava uma canção que fazia ele lembrar o passado e acabava sentando. É, só sentar mesmo, sem motivo. Sozinho tinha que ser, senão num tinha graça não. E a gente sempre perguntava: ondé que ta esse garoto? Porque, de repente ele não tava mais. Mas, ele tava la no morro de gramado viçoso, sem motivo, só sentado mesmo.


Era bonito de ver o garoto ali que nem um desses monumento importante das praça. Só que era mais melhor os dia que ventava, a gente pudia perceber nos zoim dele a alegria. As folha que ficava no chão, as folha seca que caia das arve começava a levantar e ele seguia uma por uma com a vista, os redimunho até imbaraçava um poco. Mas era anssim que era feliz. Sentado sozinho, só sentado mesmo, observando o vento.

Num dia o vento trouxe uma sacolinha branca, dessas de fera, então foi só contentamento. O garoto saiu do seu normal, parecia um daqueles que fica na frente da orquestra, um maestro. Comandava a sacolinha, e nois pudia entende os pensamento da cabeça dele. Parecia uma dança, só que num era que nem essas dança quarqué uma não, mais bunito que balé. Parecia mais o menos um furacão, a sacolinha flutuava até lá em cima, pertim das nuvi, pertim do azul do céu, bem la do lado de São Pedro, de Nossa Senhora. Daí por alguns tempo o garoto isquicia da sacolinha e biservava só o azul mesmo, como que o céu é lindo, gente! Depois ele voltava, porque a sacolinha começava a cair, devagarim, bem de lento. Ela ia cai normalmente, incostá no chão se não fosse otra sacolinha, um saco preto. O garoto, num entendeu direito, mas o saco e a sacolinha comecaru a brincar nas auturas e o garoto num consiguia mais comandar seu brinquedim. A sacolinha tinha que continuar passiando com o vento e não ficar se metendo com um saco, eita! Duas coisa igual num da certo. Vento se inrosca com sacolinha e saco se inrosca com otro vento.

O saco levou pra longe do garoto a sacolinha, mostrô pra sua nova amiga otros lugar, otras casa, otros gramado, otros garoto. E a sacolinha não tocou o chão como todas as vez que o garoto custumava ver.

Só que um dia deu um vento tão forte, mais forte que vendaval mesmo. E separo o saco da sacolinha. A amizade que agora já tinha se transformado em paqueração disbrocho. De vez em quando dava uma brisinha leve e trazia o saco bem perto da sacolinha, mas bem dipois vinha um ventão e separava os dois.

A sacolinha começo a isquece o saco, fica com raiva do saco, pega ódio mesmo! E parô de tentar encotra ele dinovo.

Veio o vento custumero, veio o garoto costumero. A sacolinha subiu, e começo a cair bem devagarim e toco o chão traveis, mas o garoto percebeu alguma coisa de diferente, a sacolinha num tinha só caído. Num sei direito, mas o garoto, que só se sentava mesmo, sem motivo. Levantô, ponhô o sapato e saiu do morro com muitos mutivos pra enfrentar sua vida.

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