terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Morte e punição

Hoje descobri porque tenho me punido tanto. A punição é porque eu me matei.

Tinha a vida mais perfeita, segundos antes de cruzar aquela porta e entrar naquele avião. Mas eu escolhi, embora pense que em momentos posteriores fui compelido a escolher por minha viagem de estudos. De qualquer forma não fui um visionário e não dei importância ao conhecimento do mundo que já está dito. Tive a mínima sensibilidade de entender a canção das simples coisas e saber que a vida não cessa e que, quando a gente volta, as coisas simples como o amor podem ter sido devoradas pelo tempo.

Andei tanto pelo mundo a busca de um amor e agora que o encontrei, insensivelmente, recolhi minhas coisas e parti para a ausência de alguns meses.

Sem esse amor eu não sei o que sou, sem esse amor eu me matei. Estou morto, desanimado. Estar sem ânimo é ser apenas um corpo, um corpo que não come e nem sente necessidades.

Por que foi que eu perdi o meu vigor? Não precisava estar aqui. Poderia continuar modificando a vida do meu amor, poderia deixar que meu amor modificasse ainda mais o meu viver. É como se o nosso cordão houvesse rompido e nosso pacto não tivesse mais sentido.

Sou o responsável pela minha morte, pela minha mais recente morte.

http://www.youtube.com/watch?v=0cY5oZsxT7U

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